O poder da imagem e seu uso – histórico e ide­ológico – pela mídia é focado no sen­tido de apro­fun­dar a dis­cussão a respeito da fotografia na mídia impressa. A fotografia é, por outro lado, abor­dada como instru­mento de for­mação de opinião. Os estu­dos da dis­ci­plina são comple­men­ta­dos com a análise da pro­dução e veic­u­lação de ide­olo­gias por meio da fotografia, incluindo casos de destaque no foto­jor­nal­ismo con­tem­porâ­neo. Anal­isa e avalia reper­cussões soci­ais do uso da fotografias na mídia impressa.

São discutidos processos da comunicação humana e seu vínculo com as imagens tomadas como fatos culturais. Estimula-se o discente a associar construções iconográficas no imaginário e alterações da percepção do sujeito contemporâneo. Incluem-se, nesta perspectiva, abordagens de meio urbano e imagem fotográfica. A disciplina toma como ponto de referência a produção de imagens no contexto das novas tecnologias, sem abandono das modalidades tradicionais. A antropologia visual é utilizada como principal instrumento de análise.

Busca discutir as diferentes possibilidades que a visualidade imprime ao processo de comunicação. Desdobra as ligações de visualidade, cognição e linguagem. Objetiva também sustentar as abordagens analíticas do estudo semiótico com suporte nos seguintes conceitos: o eixo do paradigma e do sintagma; raciocínio diagramático; o ver como requisito do entender; imagem e informação.

Introdução às teorias do cinema. Elementos fundamentais da linguagem cinematográfica. Semiótica aplicada ao cinema. Cinema de autor, cinema experimental, documentário e cinema narrativo. O cinema como objeto das ciências sociais, da história e da filosofia. Métodos de análise fílmica e crítica cinematográfica.

Panorama histórico-filosófico sobre o problema do biopoder. Introdução ao conceito de biopoder (Michel Foucault). Biopolítica e Anatomo-política. O conceito de biopolítica em Negri & Hardt, Giorgio Agamben e Roberto Esposito. Conceitos relacionados ao biopoder (Gestell, dispositif, commune, comunitas…). O reconhecimento do problema do biopoder na Comunicação. Aproximação do conceito de biopoder aos objetos comunicacionais.

O campo da comunicação e o problema do consumo. Definições de consumo: as visões econômica, sociológica e antropológica. Cultura do consumo, hegemonia e modernidade. Teorias do consumo: a teoria das necessidades, a economia política do signo e a antropologia do consumo. Consumo e experiência comunicacional: o espetáculo e a estética da mercadoria.

Imaginário e imaginação social. Práticas e representações na perspectiva da História Cultural. Construção social da realidade. Imagens, papéis e máscaras sociais na vida cotidiana. Imagem, distinção e poder simbólico. Mitologias contemporâneas na sociedade do espetáculo.

A partir da discussão sobre o conceito de cultura, propõe-se abordar questões inerentes ao campo da comunicação. Os processos de construção de sentido, as identidades, a geração de capital cultural e o poder simbólico são temas diretamente relacionados ao contexto comunicativo. A comunicação está imbricada no cotidiano e nos modos de vida e, neste sentido, busca-se refletir sobre as representações midiáticas e a questão da alteridade. Os Estudos Culturais e a visão latino-americana sobre produção e apropriação midiáticas são abordagens que aprofundam o entendimento desses processos. A perspectiva antropológica e os estudos etnográficos da comunicação constituem possibilidades metodológicas de maior compreensão da interculturalidade nas mídias e processos comunicativos.

O campo da comunicação e a disputa de hegemonias. Comunicação, linguagem e ideologia. A comunicação no contexto dos movimentos sociopolíticos. A comunidade e a construção de uma nova sociabilidade. Cidadania e a luta de classes. Participação como estratégia política de mobilização. Política de comunicação e planejamento participativo. História, atualidade e perspectivas da Comunicação Popular e Comunitária.

Linguagem visual: estética, simbólica e pragmática. Comunicação visual, valor e uso. Comunicação visual e relação emocional: sujeito e o meio da construção de representação para atribuição de significado. Design: conceito, classificação, abrangência e alcance. Design e complexidade: visões econômica, social e artística. Tradução e representação do tempo em forma. Elementos visuais compositivos. Imagem e identidade. Design thinking: produção, integração e processo de gestão da imagem.

Economia política da informação, comunicação e cultura: principais vertentes, autores e conceitos no Brasil e no mundo. O método da derivação das formas e sua pertinência para o estudo da Comunicação. Fundamentos lógicos e dinâmicas históricas da forma comunicação e das funções propaganda e publicidade: da esfera pública à indústria cultural. Crise global da forma comunicação e sua expressão brasileira. Estratégias e políticas do poder informacional: desinformação e decepção.

Fotografia, memória e história. A fotografia como instrumento de pesquisa (histórica). O papel e a importância da fotografia no resgate iconográfico de representações e percepções do mundo. Fotografia e sociedade. A importância dos documentos fotográficos para o resgate e preservação da história.

Estudos de gênero a partir de interseccionalidades de raça, etnia, classe e faixa etária. A comunicação na perspectiva da disruptura discursiva do imperativo heterossexual. O surgimento da Teoria Queer no contexto político e intelectual. História da sexualidade, seus sentidos, práticas e modos de organizar o desejo, a sexualidade e as identidades. Conceitos da Teoria Decolonial e sua articulação com o Feminismo Decolonial e o Queer Decolonial. Normalizações e normatizações, estigmas, discriminação e negações à vida. A organização dos movimentos LGBTQIA+, movimento feminista e outros movimentos existenciais de resistência nas diferenças. Proposta metodológica da Cartografia Sentimental.

Elementos da historiografia para a análise de visualidades nos meios de comunicação. Conteúdo e forma na representação da cultura visual contemporânea. Métodos de investigação dos fenômenos midiáticos na perspectiva (sócio)historiográfica do uso da imagem. O jornal como fonte de dados e objeto de pesquisa em cultura visual. Contextualização crítica, análise e representação de processos sociais pelo viés da imagem.

Apresenta as modalidades do humor gráfico: história em quadrinhos, caricatura, charge e cartum, e dá relevo ao trato dessas formas na representação da sociedade brasileira. Correlações são efetuadas entre temas como presença do humor gráfico na mídia contemporânea, humor e política, humor gráfico e a disputa de hegemonias. Ideologia, narrativa, cultura política e processos sociais são vistos por meio de sua expressão no humor gráfico.

Conceitos de imagem e suas variações históricas na cultura ocidental. Imagem e ambientes culturais que regulam suas formas de expressão e produção de sentido. As dimensões do sentido e representação da imagem na História da Arte, Semiótica da Cultura, Filosofia e Antropologia e suas contribuições para um abordagem comunicacional na era midiática.

A disciplina abrange a diversidade e complexidade dos conceitos de imagem. Entre os aspectos a serem destacados estão: a imagem como duplo na cultura, sua arqueologia e mutações semióticas. Também contempla as relações entre imagem, mídia e cultura, observando interferências mútuas entre estes três elementos. A construção da civilização do olhar pela cultura midiática, além dos processos de simulação na cultura contemporânea serão do mesmo modo estudados.

O método científico como forma de construção do conhecimento. A formação de paradigmas na Ciência e o pressuposto da falibilidade. A Comunicação como ciência e a constituição de seu campo acadêmico de pesquisa. A pesquisa em Comunicação no Brasil e na América Latina e suas interfaces com áreas afins. Abordagens teóricas e metodologias validadas no campo da Comunicação.

A semiótica da cultura no campo da semiosfera e seus desdobramentos em semiose, visão sistêmica, fronteira, tradução, memória e dialogismo. Semiótica Urbana com base na epistemologia da comunicação: mediações e interações; fixos, fluxos e mobilidades; tempo e o espaço do ciberespaço. Os territórios culturais do espaço: cultura e espacialidade; cultura e visualidade e cultura e comunicabilidade, tendo a cidade como amplo laboratório de experimento de práxis comunicacionais.

Eixos da linguagem e a natureza dos fenômenos da comunicação. Produção de sentido nas mídias contemporâneas – influência na formação de hábitos e na fixação de crenças. Configuração dos signos em mensagens verbais e não verbais, no texto escrito, no texto falado e no audiovisual. Estética-ética-lógica: o caráter normativo da semiótica como instrumento de mediação e como método científico.

A imagem como duplo na cultura humana, segundo uma visão histórico-filosófica. O lugar da imagem na Estética. Imagem técnica e suas novas implicações sociais e culturais. Perspectivas semióticas para abordagem da imagem. Imagem e suas relações com o conceito de mimese. A diversidade de suportes midiáticos e suas implicações para uma releitura do papel da imagem na cultura contemporânea. A imagem como elemento constituinte dos processos de espetacularização e a construção de simulacros.

Estudos avançados sobre questões contemporâneas, temas, autores, teorias e/ou conceitos relevantes no âmbito da linha de pesquisa “Produção de sentido nas mídias”, que visem a abordagem de novas tendências ou atualizações teórico-metodológicas.

Estudos avançados sobre questões contemporâneas, temas, autores, teorias e/ou conceitos relevantes no âmbito da linha de pesquisa “Processos sociais e práticas culturais”, que visem a abordagem de novas tendências ou atualizações teórico-metodológicas.

Participação em aulas de graduação, treinamentos de estagiários de iniciação científica e outras atividades correlatas a critério e acompanhamento da Comissão Coordenadora do Programa, com a supervisão do coordenador e presença do docente responsável pela disciplina.

Delimitação do tema e metodologia, contato com o orientador, pesquisa bibliográfica, leituras e fichamentos.

Aprofundamento teórico-metodológico, revisão de literatura e início da pesquisa.

Elaboração do referencial teórico, aplicação metodológica, desenvolvimento da pesquisa, fundamentação e estruturação dos capítulos.

Finalização da pesquisa, redação da primeira versão da dissertação, exame de qualificação, ajustes e redação final da dissertação, depósito e defesa pública da dissertação.